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Com mais de 50 milhões de acessos no YouTube e subindo, um
leão chamado Christian virou hit viral. Não é para menos: o vídeo, e a história
por trás, são das coisas mais tocantes que apareceram na rede nos últimos
tempos. As caixas de comentários estão cheias de gente dizendo que assiste o vídeo e chora.
Tudo começou em Londres, em 1969. Dois australianos, Anthony
“Ace” Bourke e John Rendall, viram um filhote de leão para vender na
luxuosa loja de departamentos Harrod’s (naquela época não havia impedimentos
legais nem a preocupação ambiental dos dias de hoje para isso). Compraram o
bicho e levaram para casa, batizando-o de Christian.
Foram cinco meses de alegria com o leãozinho no apartamento
no Chelsea. Eram tempos de doideira e vale tudo, Londres nos anos 60. Eric
Clapton gravava ali perto. O artista que fazia as capas dos discos de Bob Dylan
e Jimi Hendrix era vizinho. Ninguém estranhou muito um leão de estimação.
O leão acabou aparecendo num editorial de moda da Vanity
Fair e numa ação de marketing de um banco. “Era para ajudar com nosso
cheque especial,” contou um dos donos. Afinal, ficava cada vez mais caro
manter esse pet. Com o leão se desenvolvendo, a conta semanal dos cuidados com
ele passava dos R$ 1.400,00.
A dupla sabia que, em breve, seria inviável continuar com o
leão em casa. Conseguiram que ele fosse mandado para uma reserva no Quênia,
onde ele foi gradualmente introduzido ao ambiente selvagem.
O vídeo mostra o momento em que Anthony e John reencontram
Christian um ano depois.
A experiência inspirou a dupla a escrever o livro A Lion
Called Christian. Com o sucesso do clipe no YouTube, eles decidiram relançá-lo,
numa edição revisada.
A convivência com Christian fez a dupla a trabalhar por
causas ecológicas, Rendall profissionalmente e Bourke em paralelo à sua
carreira de curador das artes. Eles esperam que o vídeo inspire outros a fazer
o mesmo.
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Mais sobre a história de Christian aqui.
