A gestão da herança de Michael Jackson e a guarda permanente dos filhos do rei do pop serão submetidos amanhã ao veredicto do Tribunal Superior do condado de Los Angeles, em uma esperada audiência oral.
Tudo indica que o juiz Mitchell Beckloff autorizará o acordo alcançado esta semana entre a mãe de Michael e a ex-mulher do cantor Debbie Rowe sobre a guarda de Prince Michael, de 12 anos, e Paris Michael, de 11 anos, que ficarão sob os cuidados da avó, como o artista expressou em seu último testamento.
Katherine Jackson será, assim, a responsável legal destas duas crianças, filhos biológicos de Rowe, assim como de Prince Michael II, de 7 anos, cuja mãe não foi identificada.
Segundo vazou à imprensa, Rowe manterá os direitos de visita sobre os dois filhos, mas não receberá indenização e se comprometeu a não voltar a solicitar a custódia.
Beckloff tinha adiado várias vezes a audiência oral sobre a tutela legal dos três filhos de Michael, fixada inicialmente para 13 de julho, a fim de dar tempo à família do artista e a Rowe para que chegassem a um acordo extrajudicial.
O magistrado, no entanto, terá que se pronunciar sobre um assunto mais delicado, a administração permanente dos ativos legados por Michael a seus herdeiros, dividido em 40% para a mãe, 40% para seus três filhos e o resto destinado a organizações beneficentes.
Em seu testamento de 2002, o mais recente dos conhecidos, Michael nomeou três gerentes de seus bens, a fim de que fizessem seu patrimônio crescer após sua morte. Um deles renunciou pouco depois a essa responsabilidade, que ficou exclusivamente nas mãos do advogado John Branca e do executivo John McClain.
Em virtude do expressado pelo rei do pop, o juiz concedeu a Branca e a McClain o controle provisório dos bens de Michael em 6 de julho, e fixou 3 de agosto como data para rever esta decisão e designar os administradores definitivos.
Desde então, os advogados de Katherine Jackson começaram a trabalhar para solicitar que a mãe do cantor fosse incluída como co-gestora da herança, e acusaram Branca e a McClain de esconder o estado das operações iniciadas pelo artista, especialmente o contrato de 50 shows previstos em Londres.
Os executivos afirmaram que estão defendendo os interesses do “rei do pop” e se recusaram a informar a Katherine sobre o acordo de Michael com a empresa AEG, promotora dos shows, sem a assinatura de um compromisso de confidencialidade para evitar vazamentos, algo a que a mãe do cantor se negou.