A política do goleiro experiente segue sendo rotina no futebol brasileiro. Arqueiros como Marcos (Palmeiras), Rogério Ceni (São Paulo), Clemer (Inter), Fábio Costa e Sérgio (Santos), e Harlei (Goiás) seguem tendo espaço nos seus respectivos times, seja pela história, competência, qualidade ou experiência, e independentemente da titularidade, como no caso do atleta colorado e do recém-contratado do litoral paulista. Motivo para isso? Política das diretorias.

“Para renovar o goleiro, o clube necessita ter coragem e um projeto. Não pode simplesmente sacar ou criticar o jovem a cada falha, pois todos falham, é necessário que a diretoria banque o trabalho que está sendo feito”, disse Francisco Cersósimo, preparador de goleiros do Grêmio, em entrevista exclusiva ao VirgulaEsporte.

Responsável por revelar goleiros como Fábio Costa, do Santos, Felipe, do Corinthians, e Juninho, do Juventude, o preparador vê casos como o de Rogério Ceni e Marcos exceções no futebol brasileiro.

“Questionar a titularidade do Marcos e do Rogério não tem como. Eles são ídolos em seus clubes, assim como o Harlei no Goiás, e nesses casos fica ainda mais complicado mudanças mesmo com projetos de renovação”, afirma Cersósimo.

No caso do Grêmio, o preparador disse que a política adotada pelo clube é de incentivo aos jovens goleiros como Victor e Marcelo Grohe. O primeiro vindo do Paulista com ainda 24 anos em 2007 e o segundo revelação das categorias de base gremista.

Em sua carreira, Cersósimo não chegou a “aposentar” nenhum goleiro, mas viu o fim da carreira de Zé Carlos, do Flamengo, que morreu recentemente de câncer. O trabalho com o ex-flamenguista aconteceu dois anos antes do atleta abandonar o futebol. Mesmo assim, o preparador não acredita ser difícil identificar quando o término de um arqueiro está próximo.

“Você percebe tranquilamente no dia-a-dia. Os goleiros começam a mudar os treinos e ter diversas lesões, além de engordar. Com isso, a gente começa a perceber o fim da carreira deles”, completa preparador de goleiros.


int(1)

Jovens ou experientes? Renovação no gol dos times depende da confiança das diretorias