O caminho para as profissões do futuro já pode ser descoberto e explorado pelos adolescentes ou universitários, antes mesmo de sua entrada no mercado. No mês em que se comemora o Dia do Trabalho, o professor Antonio Augusto G. Almeida afirma que o jovem já possui todas as oportunidades para projetar sua formação de olho nas carreiras que poderá exercer dentro de cinco ou dez anos, inclusive para aquelas que ainda estão surgindo. Almeida é coordenador dos cursos de Administração de Recursos Humanos e Tecnologia em Secretariado da Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

“É necessário que o jovem entenda que é fundamental estar atento às mudanças e novidades que surgem dia a dia. É importante não se iludir com as alterações que o mercado apresenta. Pode parecer que, num primeiro momento, somente alguns segmentos devem gerar mais oportunidades no futuro. Por exemplo, não é porque todos os dias aparece um celular novo ou computador mais moderno que sejam esses os mercados do futuro. Podem até ser, mas existem outros que não aparecem tanto na mídia e que podem gerar muitos empregos”, analisa.

Para o professor, a proatividade é a principal ferramenta do jovem, que deve ler revistas, jornais e navegar na Internet muito além das redes sociais e programas de troca de mensagens, assistir a programas de TV diversos, manter contato com pessoas de grupos e ambientes diferentes e sempre ser questionador, um curioso nato. “Pode parecer difícil para quem ainda é jovem e está ligado em outros objetivos, muito mais imediatos. Mas se pensarmos um pouco, não é tão difícil assim. É só aproveitar os momentos que se apresentam a todo instante”, frisa.

Uma direção das profissões do futuro, na opinião de Almeida, é a solução de problemas que aparecem diariamente. “São aqueles que afetam diretamente o interesse e as necessidades das pessoas, que afetam seu bem-estar e sua qualidade de vida.” Como exemplo, ele cita a área de atendimento ao consumidor, que exige, cada vez mais, qualidade e agilidade.

Outras áreas de interesse para os próximos anos são a exploração consciente de recursos do planeta, a prevenção e a análise das mudanças climáticas, assim como a criação de soluções para atenuar seu impacto.

“Saber fazer para ser é o grande diferencial: o saber se aprende na escola, é o conhecimento. O fazer se aprende com a prática, é a competência. O ser é o profissional, é o empreendedor. O que é preciso é descobrir qual é seu interesse pessoal, o que você mais gosta, o que desperta mais atenção e curiosidade. Uma pergunta básica deve ser respondida sempre: o que eu preciso saber e conhecer para fazer com qualidade e competência o que eu quero ser. Difícil? Não, é só começar a ser um pouco mais curioso e pesquisar muito”, finaliza o professor.


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Jovem deve projetar carreira de olho no futuro