Por livre e espontânea vontade, um jovem estudante do ensino médio resolveu bater nas portas do Instituto Butantã para propor o estudo de um novo tipo de antibiótico. O resultado disso é que Ivan Lavander Candido Ferreira, agora com 18 anos, já recebeu diversos e importantes prêmios por causa de sua descoberta.
Desde os 16 anos, Ferreira criava opiliões – uma espécie de aranha – e durante suas observações reparou que esses animais deixavam os ovos ao relento e que esses não apodreciam. Por causa destas características, o jovem cientista imaginou que deveria haver alguma substância que protegia os ovos de fungos e bactérias.
Com essa ideia na cabeça, ele sugeriu sua hipótese ao pesquisador Pedro Ismael da Silva Junior, do Instituto Butantã, que logo se interessou pela possibilidade da criação de um novo medicamento. Entretanto, para colocar suas pesquisas em prática, Ferreira teve que passar por uma prova de fogo de seu tutor.
O cientista Silva Junior encomendou diversos textos e um projeto de pesquisa detalhado para o empolgado e jovem pesquisador. Em poucas semanas, Ferreira voltou com tudo pronto e começou seus estudos, que tiveram ótimos resultados.
Conciliando a vida de cientista com os estudos, os esforços de Ferreira foram recompensados e ele descobriu que dos ovos de armadeira, espécie de aranha agressiva, é possível criar substância para antibiótico.
Sua descoberta rendeu-lhe quatro primeiros lugares na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace 2009) e mais o segundo lugar na categoria microbiologia da Feira Internacional de Ciências e Engenharia patrocinada pela Intel de 2009, em Nevada, nos Estados Unidos.
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