Teerã, 2 dez (EFE).- Um tribunal revolucionário do Teerã condenou a nove anos de prisão Said Laylaz, diretor do jornal econômico “Sarmayeh”, um dos mais críticos ao Governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que teve seu veículo fechado em outubro.


 


Segundo seu advogado, Mahmoud Alizadeh Tabatabaie, o analista e jornalista foi considerado culpado de ameaçar a segurança nacional ao participar dos grandes protestos pós-eleitorais em junho passado.


 


“Só recebi a comunicação verbal da sentença, mas entendo que quando chegue por escrito haverá um prazo de 20 dias para apresentar alegações”, manifestou o advogado, citado pela agência de notícias local “Fars”.



Milhões de pessoas foram às ruas do Irã em junho para protestar pelo resultado das eleições presidenciais, que a oposição classificou de fraudulenta.


 


Conforme as autoridades morreram nos protestos pelo menos 30 pessoas. Nos cálculos da oposição, no entanto, 72 pessoas foram mortas no confronto.



Além disso, mais de 4 mil foram presos, dos quais mais de cem são julgados sob a acusação de estimular e participar de uma conspiração planejada a partir do exterior para derrubar o regime, em uma série de processos que os opositores definem de “charada”. Até o momento, 80 pessoas foram condenadas a diversas penas de prisão, e outras oito foram sentenciadas à pena de morte.


 


Segunda-feira, a imprensa informou que o reformista Behzad Nabavi, e a defensora dos direitos da mulher e jornalista Hengame Shahidi tinham sido condenados a seis anos de reclusão cada um pelos mesmos delitos.



 


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Jornalista iraniano é condenado a 9 anos de prisão

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