O jornal britânico Financial Times, um dos mais importantes voltados para a economia em todo o mundo, destacou na edição desta quinta-feira (17) a geração de empregos formais em agosto, que foi o maior salto desde o início da crise global. Segundo a publicação, o resultado que o país está saindo rapidamente da recessão e que voltará a crescer já no próximo ano.
Na quarta-feira (16), o Ministério do Trabalho brasileiro informou que foram criados em agosto 242.126 empregos formais. No total, em 2009 o saldo de empregos gerados está em 680.034, sendo que foram criados 10,8 milhões de postos e fechados 10,1 milhões.
O jornal ouviu o analistas de mercados emergentes da IDEAGlobal, Alvise Marino,sobre o assunto. Segundo ele, os números do mercado de trabalho brasileiro mostram que eles apenas confirmam a tendência dos últimos meses, quando uma série de dados econômicos superou as expectativas.
Segundo o Financial Times, os números da geração de empregos acompanham os do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados na última semana. “Eles mostram que a economia brasileira cresceu 1,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro período, pondo fim a um curto período de recessão”, diz a publicação.
Um dos pontos positivos deste cenário atual é que, apesar do crescimento no nível de emprego, ainda não há sinais de um superaquecimento da economia, que pode levar a uma pressão inflacionária. Caso isso venha a acontecer, é possível que o Banco Central seja obrigado a voltar a aumentar os juros no primeiro semestre do ano que vem.
No entanto, boa parte dos estímulos que o governo brasileiro deu para os consumidores começam a chegar ao fim neste mês. O programa de redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) é válido para automóveis, eletrodomésticos da linha branca e também material de construção.