O Ministério das Comunicações iraniano bloqueou neste sábado (23) o acesso ao site do Facebook no país menos de 24 horas depois do início da campanha para as eleições presidenciais, marcadas para o dia 12 de junho.
A medida afeta negativamente as candidaturas reformistas, que confiavam na plataforma virtual para atrair votos, especialmente de jovens e mulheres.
Nas últimas semanas, os partidários do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mousavi, candidato à Presidência iraniana, se mostraram muito ativos na divulgação de sua agenda e de suas propostas por meio do Facebook. A página de Mousavi na rede social contabilizava cinco mil adesões até o momento de seu bloqueamento.
Outros candidatos que foram afetados pelo veto ao acesso ao Facebook no Irã são o reformista Mehdi Karroubi e o conservador moderado Mohsen Rezaee.
Outras medidas
A atual medida contra a rede social entra em um contexto de restrição e controle dos meios de comunicação iniciado nas semanas anteriores ao início da campanha eleitoral.
O Poder Judiciário iraniano interrompeu a reedição do jornal reformista Yas-e No um dia antes de a publicação voltar às ruas após seis anos vetada.
Além disso, Mousavi e Karroubi denunciaram um tratamento preferencial a Ahmadinejad de parte da televisão estatal, que fez uma ampla cobertura de suas visitas a diferentes províncias iranianas.
