Os peritos do BEA (Escritório francês de Investigações e Análises), que tentam esclarecer as causas do acidente do Airbus que caiu no mar quando fazia a rota entre Rio de Janeiro e Paris, em 31 de junho, descartaram que o aparelho tenha explodido e partido em pleno voo.
“A análise visual dos destroços do avião mostra que a aeronave não foi destruída em voo. Parece ter atingido a superfície da água em linha de voo, com forte aceleração vertical“, disse o BEA, em nota divulgada nesta quinta-feira (2).
Este é o primeiro relatório preliminar divulgado pelo escritório. Enquanto o resgate de corpos e destroços ficou sob responsabilidade do Brasil, a investigação é feita pela França.
Alain Bouillard, do BEA, afirmou que coletes salva-vidas encontrados entre os destroços do avião não estavam acionados. “Os elementos identificados proveem de várias partes do avião”, afirma o órgão. Até hoje foram encontrados 640 elementos do avião.
Bouillard disse ainda que as buscas pelas caixas-pretas foram estendidas e vão continuar até 10 de julho. O equipamento foi construído para emitir sinal por cerca de 30 dias após a queda, prazo já vencido. Ainda assim, investigadores acreditam que possa funcionar por mais tempo.
O Airbus A330 da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades. As últimas mensagens transmitidas pela aeronave antes da queda determinaram o local de início das buscas que conseguiram resgatar destroços e 51 corpos de vitimas.