Começa na noite desta segunda-feira (19) a interdição de faixas das pontes Freguesia do Ó, Casa Verde e Vila Maria para as obras de ampliações das pistas da Marginal Tietê. No início de novembro, outras duas pontes serão parcialmente fechadas, Limão e Bandeiras. Com as interdições previstas para até fevereiro de 2010, a Companhia de Engenharia de Tráfego calcula um aumento de 40% na lentidão do trânsito na cidade.
A CET vai fechar as faixas da direita nos dois sentidos de cada ponte, depois serão fechadas as faixas da esquerda até a conclusão da reforma. A ideia é deixar sempre três faixas liberadas em cada sentido, com exceção da ponte das Bandeiras, que terá cinco faixas liberadas.
As interdições vão respeitar o horário de pico, ou seja, as obras devem ocorrer sempre no sentido de menor deslocamento da manhã ou tarde. A operação prevê ainda desvios, inversão e mudança no sentido de tráfego, instalação ou retirada de semáforos e a proibição de estacionar nas ruas.
Enquanto durarem as obras, a CET recomenda que os motoristas evitem transitar pelo entorno das pontes, principalmente nos horários de pico. Já que cruzar os 25 quilômetros da via deve levar cerca de duas horas no horário de pico da manhã para os motoristas que seguem no sentido Castelo.
Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, admitiu o impacto no trânsito, mas explicou que essa é a obra mais importante já feita na cidade para melhorar o transporte particular. Kassab justificou ainda que esse é o melhor período do ano para começar a ampliação da marginal.
Já o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, negou qualquer interferência política para acelerar a ampliação da Marginal do Tietê. Moraes disse que está colocando de forma absolutamente transparente todos os impactos temporários que a obra vai causar na cidade.
Para o especialista em trânsito e transporte, o engenheiro Luiz Célio Bottura, não há alternativas para escapar da Marginal do Rio Tietê e, por isso, o motorista terá que ter paciência para gastar ainda mais tempo no trânsito. Bottura lembrou que toda a cidade irá sofrer com as consequências da obra, inclusive os usuários do transporte público.