O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, disse hoje que os serviços de inteligência paquistaneses acham que o líder da rede terrorista internacional Al Qaeda, Osama bin Laden, está morto.

“Os americanos dizem que não sabem e eles são muito mais bem equipados que nós para descobrir seu paradeiro. Nossos serviços de inteligência obviamente acham que não existe mais, que está morto”, disse Zardari, em entrevista à imprensa internacional divulgada pela agência APP.

No entanto, o presidente paquistanês admitiu que não podia apresentar nenhum tipo de prova para sustentar essa afirmação.

Os Estados Unidos apontaram diversas vezes o volátil cinturão tribal paquistanês na fronteira com o Afeganistão como o provável esconderijo do líder da Al Qaeda.

Além disso, Zardari ressaltou que o arsenal nuclear do Paquistão está seguro e que não há perigo que possa cair nas mãos da insurgência talibã.

“Quero garantir ao mundo que a capacidade nuclear do Paquistão está em mãos seguras”, disse o chefe de Estado.

Nos últimos dias, a comunidade internacional, com os EUA à frente, manifestou sua preocupação diante do avanço dos talibãs a distritos cada vez mais próximos a Islamabad a partir do Vale do Swat, no qual o Governo assinou um acordo de paz com a insurgência.

O Governo paquistanês enviou na quinta-feira passada tropas ao distrito de Buner, e as forças de segurança iniciaram ontem uma operação em Dir, que, por enquanto, causou a morte de pelo menos 30 insurgentes.

Os analistas consideram que estas ofensivas são a prévia de uma nova operação do Exército paquistanês no Vale de Swat, que significaria a constatação do fracasso do polêmico acordo de paz com os talibãs.

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Inteligência paquistanesa "acha que Bin Laden está morto", diz presidente