No Festival de Cannes de 2008, Quentin Tarantino prometeu que voltaria este ano com um novo filme, que na época nem havia começado a rodar. Ninguém acreditou, mas ele conseguiu.
Depois de tanto suspense, no entanto, Inglorious Basterds frustrou quem esperava algo no nível de Pulp Fiction, que levou o cineasta a conquistar a Palma de Ouro no mesmo festival, em 1994. A exibição aconteceu na manhã de hoje e, aparentemente, riscou o nome do diretor da lista de favoritos.
Embora o filme, estrelado por Brad Pitt, tenha sido aplaudido após sua exibição, não faltaram críticas à sua longa duração e a falta de mais cenas de ação. Mesmo uma das que mais se impressionou com o longa, Emma Jones, da BBC, reclamou dos 154 minutos de exibição. Um retorno glorioso, tolo, espalhador de sangue, comentou. Mas, com quase três horas, o diretor certamente poderia ter enxugado algumas gordurinhas, acrescentou.
Críticos de outros veículos, como The Telegraph, Screen International’s e The Hollywood Reporter também se queixaram do excesso de diálogos e de menos ação do que o esperado de um filme de Tarantino.
Quem pegou mais pesado, no entanto, foi Peter Bradshaw, do The Guardian, que disse que há algumas interpretações boas, mas tudo é muito chato. Talvez ele devesse voltar a fazer filmes animadamente inventivos e ousados, como Kill Bill. Porque matar Adolf (Kill Adolf, em inglês) não funcionou.
Inglorious Basterds mostra como um grupo de soldados aliados, na Segunda Guerra Mundial, conhecidos por sua eficiência e extrema brutalidade. Em uma missão especial o grupo é enviado à França, para matar o maior número de nazistas possíveis, e acaba se deparando com uma chance única de eliminar Adolf Hitler. A estréia mundial está prevista para 21 de agosto. Mas, no Brasil, ele só chega em 23 de outubro.