No Brasil, o a inflação oficial é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse indicador é utilizado pelo Banco Central como referência para as políticas econômicas, já que tem como meta manter o índice em 4,5% ao ano.
Na manhã desta quarta-feira (10), foram divulgados os dados do IPCA referentes a maio. A alta no período foi de 0,47%, o que mostra praticamente o mesmo nível de elevação do mês anterior. Em abril, a inflação havia registrado 0,48%. Já em maio de 2008, o índice registrou 0,79% de alta.
Nos cinco primeiros meses do ano, a inflação oficial brasileira acumula alta de 2,2%, mas o número é inferior aos 2,88% que foi apurado no mesmo período de 2008. Levando em consideração os últimos 12 meses, o IPCA tem avanço de 5,2%. Neste caso, o resultado também é melhor do que em relação ao ano passado, quando a alta era de 5,33%.
O resultado divulgado nesta quarta-feira ficou dentro das expectativas do mercado. Uma pesquisa realizada pela agência de notícias Reuters, estimava avanço médio de 0,46%, com as apostas oscilando entre 0,38% e 0,53%.
Apesar da meta do BC ser de 4,5%, existe uma tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, caso o IPCA termine o ano entre 2,5% e 6,5%, estará dentro das perspectivas do governo.
Sempre que o IPCA começa a distanciar do centro da meta, sendo para cima ou para baixo, o Banco Central é obrigado a tomar medidas, como o corte ou aumento dos juros. No cenário atual, com a recessão técnica instalada, o mais provável é que a taxa Selic permaneça em queda, para ajudar a estimular o consumo e evitar uma queda maior dos preços dos produtos.
