O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, teve alta de 0,41% na segunda leitura de setembro, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (22) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado superou o observado no mesmo período do mês anterior, quando houve queda de 0,46%. No ano, o índice acumula queda de 1,62% e nos 12 meses completados no período, de 0,40%.
O movimento foi influenciado pelos preços por atacado, cuja taxa ficou em 0,55%, depois de ter registrado queda de 0,78%. Os bens finais reverteram a queda de 0,67% e tiveram alta de 0,91% no período, com a contribuição de alimentos processados (de 1,75% para 0,90%). Os bens intermediários passaram de 0,04% para 0,90%, puxados pelos materiais e componentes para a manufatura (de 0,20% para 1,45%).
As matérias-primas brutas tiveram queda menos intensa (de 2,27% para 0,56%), com a contribuição de soja em grão (de 4,25% para 0,83%), minério de ferro (de 15,40% para 1,60%) e laranja (de 12,38% para 11,50%). Houve redução nos preços de leite in natura (de 3,65% para 1,85%), arroz em casca (de 4,99% para 4,27%) e bovinos (de 0,08% para 1,62%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu de 0,10% para 0,25%. Ficaram mais caros os alimentos (de 0,25% para 0,61%), com destaque para hortaliças e legumes (de 2,75% para 5,49%), frutas (de 2,98% para 7,99%) e adoçantes (de 0,68% para 5,05%); e as despesas diversas (de 0,10% para 0,35%), especialmente mensalidade para TV por assinatura (de 0,25% para 1,48%).
Os índices relativos aos demais grupos tiveram queda entre os dois levantamentos: habitação (de 0,43% para 0,24%), transportes (de 0,38% para 0,09%), vestuário (de 0,30% para 0,68%), educação, leitura e recreação (de 0,12% para 0,06%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,07% para 0,05%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de alta de 0,20% para queda de 0,04%. O custo com mão de obra apresentou alta de 0,05%, depois de ter subido 0,54% na leitura anterior. Os preços de materiais, equipamentos e serviços tiveram queda de 0,13%, pouco mais intensa do que a verificada no mês anterior (-0,11%).
Para calcular a segunda prévia do IGP-M de setembro, foram coletados preços no período entre 21 de agosto a 10 de setembro.