O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, teve alta de 0,28% na primeira leitura de setembro. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), superou o observado no mesmo período do mês anterior, quando houve queda de 0,68%. No ano, o índice acumula queda de 1,75% e nos últimos 12 meses, de 0,54%.
O movimento foi influenciado pelos preços por atacado, cuja taxa ficou em 0,39%, depois de ter registrado queda de 1,09%. Os bens finais passaram de 1,02% para 0,86%, com a contribuição de alimentos processados (de 2,53% para 1,14%). Os bens intermediários reverteram a queda de 0,09% do mês anterior e variaram 0,43% neste levantamento, puxados pelos materiais e componentes para a manufatura (de 0,55% para 0,73%). As matérias-primas brutas tiveram queda menos intensa (de 2,81% para 0,35%), influenciada pela soja em grão (de 5,97% para 0,89%), pelo minério de ferro (20,77% para 2,02%) e pela laranja (de 15,58% para 8,67%). Em sentido oposto, foram registrados decréscimos no leite in natura (de 6,96% para 0,86%), arroz em casca (de 4,80% para 4,17%) e nos bovinos (de 0,18% para 1,26%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,10%, depois de ter registrado variação de 0,01%. Ficaram mais caros os alimentos (de 0,48% para 0,39%), com destaque para hortaliças e legumes (de 4,87% para 4,16%), frutas (de 2,01% para 6,56%) e carnes bovinas (de 0,99% para 0,41%); e as despesas diversas (de 0,08% para 0,13%), especialmente mensalidade para TV por assinatura (de 0,07% para 0,90%).
Já os índices relativos aos demais grupos tiveram queda: vestuário (de 0,19% para 1,19%); transportes (de 0,34% para 0,12%); educação, leitura e recreação (de 0,13% para 0,07%); habitação (de 0,31% para 0,13%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,04% para 0,06%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de alta de 0,30% para estabilidade (0,00%). O índice que representa o custo da mão de obra não apresentou variação neste levantamento, depois de ter subido 0,60% na leitura anterior. Os preços de materiais, equipamentos e serviços tiveram queda de 0,01%, depois de leve alta de 0,02%.
Para calcular a primeira prévia do IGP-M de setembro, foram coletados preços no período entre 21 e 31 de agosto.