A inadimplência subiu pelo oitavo mês seguido e atingiu o nível recorde de 5,9% em julho, de acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado nesta quarta-feira (26). Considerando apenas as empresas, a inadimplência também registrou a oitava alta seguida, de 3,4% para 3,8%.

Antes da crise financeira internacional, o índice geral de inadimplência registrava 4%. Em relação às pessoas físicas, a taxa ficou estável pelo terceiro mês, no nível recorde de 8,6% dos empréstimos do sistema bancário.

São considerados inadimplentes os empréstimos com atraso superior a 90 dias. Isso significa que o indicador ainda reflete os efeitos da crise internacional de crédito, que provocou alta dos juros e redução dos empréstimos.

A inadimplência continuou a subir apesar da queda nos juros bancários. Segundo o BC, a taxa geral de juros caiu pelo oitavo mês seguido, de 36,6% em junho para 36% ao ano em julho. Esta é a menor taxa desde dezembro de 2007 (33,8% ao ano).

Houve queda tanto nos juros para pessoas físicas (de 45,6% para 44,9% a.a.) como jurídicas (de 27,4% para 26,7% a.a.).


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Inadimplência sobe pelo 8º mês seguido e bate novo recorde em julho