O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerrou o mês de agosto com leve alta de 0,09%. O resultado foi superior ao de julho, quando houve deflação de 0,64%. Com o resultado divulgado nesta quarta-feira (9) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice acumula no ano apresenta queda de 1,59%. Nos últimos 12 meses encerrados em agosto, a queda acumulada é de 0,53%.
Dentre os índices que compõem o IGP-DI, o que mede a evolução de preços por atacado (IPA) e responde por 60% da taxa global subiu 0,07%, depois de ter ficado em 1,16% em julho. O índice relativo a bens finais teve alta de 0,38% ante queda de 0,89%. O destaque foi o subgrupo alimentos in natura (de 4,39% para 4,42%).
Ainda no âmbito do IPA, o índice do grupo bens intermediários subiu 0,38%, depois de ter registrado 0,33% em julho. O levantamento aponta como destaque o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de -0,31% para 0,63%). Já o índice de matérias-primas brutas apresentou queda de 0,86%, menos intensa do que a observada em julho (-2,88%). O movimento foi influenciado pelos produtos soja em grão (de -5,30% para 0,23%), laranja (de 19,19% para 3,23%) e minério de ferro (de 15,09% para 7,07%).
Outro componente do IGP-DI, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% da taxa global, subiu 0,20%, menos do que no mês anterior (0,34%). As principais contribuições para o movimento partiram de habitação (de 0,66% para 0,34%), com destaque para tarifa de eletricidade residencial (de 3,89% para 0,48%) e vestuário (de 0,43% para 0,98%), especialmente roupas (de 0,26% para 1,38%).
Também caíram as taxas relativas aos grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,29% para 0,03%), despesas diversas (de 0,11% para 0,02%) e educação, leitura e recreação (de 0,06% para 0,01%). Os transportes registraram a mesma variação do mês anterior (0,21%) e o grupo alimentação foi o único a ter acréscimo na taxa (de 0,18% para 0,40%), pressionado pela alta nos preços das hortaliças e legumes (de 3,86% para 3,55%), frutas (de 2,09% para 7,64%) e carnes bovinas (de 0,96% para 0,12%).
Último componente do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que responde por 10% da taxa global, registrou em agosto queda de 0,05%, abaixo do resultado de julho (0,26%). Os preços de materiais e equipamentos, que tinham apresentado queda de 0,22% em julho, em agosto caíram ainda mais: 0,38%. Já o custo da mão de obra subiu menos, passando de alta de 0,65% para 0,15%. O índice relativo aos serviços passou de 0,44% para 0,30%.
Para calcular o IGP-DI de agosto foram coletados preços entre os dias 1º e 31 do mês de referência. O índice mede o comportamento de preços em geral da economia brasileira.