O líder revolucionário Ernesto Che Guevara poderá receber uma homenagem oficial do Parlamento do Mercosul. Na próxima segunda-feira (16/03), a cúpula da entidade estará reunida na 16ª sessão plenária para, entre outras coisas, debater sobre a figura do líder argentino. De acordo com a agenda do evento será realizado um estudo de uma declaração de reconhecimento a Che.
Entretanto, a iniciativa gerou polêmica entre os políticos de Montevidéu, no Uruguai, onde fica a sede do bloco. A proposta em debate foi impulsionada por representantes da Frente Ampla, coalizão de esquerda que governa o Uruguai, mas foi criticada pela oposição composta pelo Partido Nacional.
Adriana Peña, deputada pelo Partido Nacional e membro do Parlamento do Mercosul, afirmou que os legisladores de seu partido votarão contra a homenagem.
O Partido Colorado, da oposição, anunciou que também votará contra a medida. Um dos legisladores da legenda, Germán Cardozo, afirmou que, “da mesma forma que não faria uma homenagem a (Augusto) Pinochet, também não faria a Che”.
Já o senador da Frente Ampla Rafael Michelini defendeu a homenagem. Ele disse que Che é um dos líderes que “lutou tanto contra a injustiça neste continente”.
O Parlamento do Mercosul é composto por líderes dos quatro países membros Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.