Hoje ele é visto como o grande vilão por ser o principal responsável pelo efeito estufa e consequente mudança climática em curso no planeta, mas há 150 anos, o mundo via nascer sua principal matriz energética. Há exato um século e meio foi furado o primeiro poço comercial de petróleo do mundo, em Connecticut, nos Estados Unidos.
O petróleo já era conhecido, mas como não havia produção em larga escala, seu uso era restrito. Tudo mudou a partir de agosto de 1859. Em um vale que ficou conhecido como Petrolia, Edwin Drake perfurou cerca de 21 metros até encontrar petróleo, no dia 27 de agosto. Nos 15 anos decorrentes, foram explorados quase 53 milhões de barris no local, o que representou o início da indústria que transformaria o mundo com o desenvolvimento de combustíveis e derivados como o plástico.
Hoje, aqueles 53 milhões de barris produzidos em Petrolia seriam suficientes para abastecer os Estados Unidos por apenas três dias. O problema agora é que 150 anos de abundância e alto consumo praticamente esgotaram as reservas mundiais. Cientistas calculam que temos petróleo suficiente para somente mais 50 anos. Assim, o mundo celebra a data mas, seja pela poluição causada pela queima do petróleo e o grave problema do lixo gerado pelo descarte de embalagens plásticas, ou pela própria perspectiva do fim da matéria prima, é preciso investir em combustíveis alternativos e, principalmente, renováveis e limpos.