Há 40 anos, a jovem Dilma Roussef (que atualmente é ministra-chefe da Casa Civil e provável candidata à presidência da República pelo PT), na época com 22, planejava sequestrar Delfim Netto, um dos ícones da Ditadura Militar. Conhecida à época como Estella, Wanda, Marina e/ou Patrícia, Dilma fazia parte de um grupo que atuava clandestinamente na luta armada contra a Ditadura.
Hoje Delfim Netto é um dos aliados de Dilma na empreitada que tenta fazer da ex-guerrilheira a sucessora do presidente Lula.
Segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo, Antonio Roberto Espinosa, hoje com 63 anos, assumiu que coordenou um plano contra Netto. “O grupo foi informado. Os cinco [ele, Dilma e os outros três dirigentes da VAR] sabiam”, disse Espinosa ao jornal. Ele era um dos líderes do movimento Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares)
Em um dos processos que condenou militantes da VAR, consultados no Superior Tribunal Militar, há um mapa da emboscada e outro que sugere o local do cativeiro do sequestro planejado. A ação tinha data e local definidos. Seria num final de semana de dezembro, durante uma das visitas do ministro a um sítio no interior de São Paulo.
Ao saber do testemunho dado por Espinosa, ela declarou que o ex-colega “fantasiou” e negou que ela tenha participado do plano de sequestro.