Homens armados decapitaram nesta segunda-feira (23) 21 pessoas no sul das Filipinas em virtude de uma aparente disputa política relacionada com as candidaturas às próximas eleições legislativas no país.

Segundo o coronel Jonathan Ponce, porta-voz do Exército filipino na ilha de Mindanao, entre 50 e 100 homens armados invadiram um escritório da Comissão Eleitoral na província de Maguindanao e levaram as 21 pessoas em três veículos.

Pouco depois, um grupo de soldados destacados para perseguir os sequestradores encontrou os corpos decapitados de 13 mulheres e oito homens.

Entre os mortos há advogados e jornalistas, além da mulher e outros parentes de Ibrahim Mangudadatu, vice-prefeito da cidade de Bulsuan, na província de Maguindanao, e candidato a governador.

A imprensa local assegura que o grupo armado foi pago por Unsay Ampatuan, prefeito de Buluan e chefe da ala opositora a Mangudadatu. Incidentes do tipo são frequentes nas Filipinas, onde as disputas políticas são comumente solucionadas com violência.

O sul de Mindanao é uma das regiões mais perigosas da Ásia pela proliferação de assassinatos encomendados e sequestros realizados por organizações terroristas e grupos criminosos pagos por prefeitos e governadores. A expectativa é de que a violência aumente com a chegada das eleições.

A campanha para as eleições legislativas de 2010 só começa oficialmente em maio, mas o prazo para a inscrição dos candidatos termina no final deste mês.


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Grupo armado sequestra e decapita 21 pessoas nas Filipinas

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