Em entrevista realizada neste domingo (26), Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, afirmou que ao menos oito estudantes recém-chegado de Cancún, no México, estão com gripe suína. Eles fazem parte de um grupo de cem jovens de uma escola localizada no bairro do Queens que viajaram para o local.
Com essas informações, o número total de casos confirmados da doença nos Estados Unidos subiu para 19. Além de Nova York, também há americanos infectados nos Estados de Califórnia, Texas e Kansas.
No México, onde surgiram os primeiros focos da gripe suína, já foram registradas 20 mortes comprovadas em virtude da doença e outras 61 estão sob suspeita. No sábado (25), o governo confirmou que mais 24 pessoas estão infectadas, chegando a um total de 1.324 ocorrências.
Por causa da epidemia, o México está em estado de emergência: na capital, as aulas foram suspensas até o dia 6 de maio e as missas também estão interrompidas. Em todo o país, é proibido fazer visitas aos presídios e os zoológicos estão fechados. Além disso, profissionais de saúde estão fazendo mutirões para procurar pessoas infectadas, a fim de isolá-las.
Outros casos
O Ministério da Saúde da Nova Zelândia anunciou neste domingo (26) que dez estudantes que viajaram para o México podem ter contraído a gripe suína. Eles foram colocados em quarentena e submetidos a exames, que detectaram a presença em seus organismos de um vírus com a cepa H1N1, responsável pela transmissão da doença.
Em Israel, um caso também foi detectado: um homem de 26 anos, que voltou recentemente do México com sintomas de gripe, foi internado em um hospital na cidade de Netânia.
A Europa também já pode ter casos de gripe suína. Na Espanha, três pessoas suspeitas de terem contraído a doença estão internadas e sob observação. Outros dois possíveis casos, também examinados pelas autoridades locais, foram detectados na França.
Prevenção
No sábado (25), o governo brasileiro anunciou medidas para tentar evitar a chegada da gripe suína ao País. Uma delas é a realização de campanhas de conscientização sobre a doença para tripulações que chegam dos EUA e do México.
Além disso, o Gabinete Permanente de Emergência, formado por profissionais do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) está fazendo reuniões diárias para analisar a evolução da epidemia e a possibilidade de que ela chegue ao Brasil.
Outros países, como a Rússia, a Alemanha, a Itália, as nações do Oriente Médio e o Japão, também anunciaram nos últimos dias medidas para tentar combater a proliferação da doença, como o monitoramento da saúde de pessoas que chegam ao País de viagens internacionais.
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