A atriz Mia Farrow entrou nesta terça no nono dia de sua greve de fome, que tem como objetivo chamar a atenção para a situação dos refugiados de Darfur, no Sudão. A questão se tornou ainda mais dramática depois que o presidente do país, Omar Hassan Ahmed Bashir, expulsou algumas e fechou outras das 16 agências que ajudavam à população. Segundo o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, a atitude coloca em risco as vidas de mais de um milhão de pessoas.

A atriz tem colocado um vídeo por dia em seu canal no YouTube e no do Darfur Fast for Life, uma organização criada por ativistas para apoiar os esforços de Farrow.

Pelo menos mais 75 pessoas se uniram ao protesto, algumas repetindo o gesto da atriz e vivendo apenas a base de água, enquanto outras consomem porções ínfimas de comida, equivalentes às que são recebidas pela população de Darfur. Entre os que optaram pela segunda alternativa está a mulher do fundador do EBay (maior site de leilões na internet), Pam Omidyar, já há 18 dias.

No entanto, pessoas próximas à Farrow demonstram preocupação com sua saúde, especialmente porque ela anunciou que não vai encerrar a greve tão cedo: sua intenção é tomar apenas água durante três semanas. Um dos ativistas e organizadores do Darfur Fast for Life, Gabriel Stauring, disse que a aparência da atriz nos vídeos mostra que ela está em perigo. “Olhe para o tamanho que ela está. Ela não tem como ir tão longe sem sofrer danos permanentes”, declarou.

A ideia dos ativistas é conseguir a adesão de outros famosos à causa. Eles acreditam que, caso alguma celebridade se disponha a repetir o ato de Mia Farrow, ela possa deixar a greve. A atriz deve ir ao programa de Larry King, na CNN, na próxima quinta-feira, a exemplo do que fez no primeiro dia da greve de fome.

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Greve de fome de Mia Farrow já dura nove dias e preocupa amigos

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