O movimento ambientalista Greenpeace denunciou a suspensão, nesta quarta-feira, da sessão plenária da cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15), por considerar que põe em perigo um acordo vinculativo que proteja os países mais ameaçados pelo aquecimento global.

O responsável pela política climática internacional do Greenpeace, Martin Kaiser, disse que, para os países mais vulneráveis do mundo, como a ilha de Tuvalu, esta é uma questão de sobrevivência. “Só um acordo legalmente vinculativo pode dar a estes países a confiança de que seu futuro estará garantido”, afirmou Kaiser.

O membro do Greenpeace destacou o silêncio desta quarta-feira das nações ricas nos debates na sessão plenária, e considerou que a China e a Índia, ao evitar falar dos aspectos legais, estão dificultando que os Estados Unidos se comprometam a assinar um tratado vinculativo.

Segundo Kaiser, outros países industrializados, como Alemanha, França, Reino Unido e Japão, devem dar agora seu apoio para conseguir um resultado efetivo.

A presidente da conferência, Connie Hedegaard, determinou nesta quarta-feira – terceiro dia da cúpula, na qual se busca um acordo para reduzir os gases do efeito estufa a partir de 2012 – um recesso para o almoço, diante do desacordo reinante, para retomar as negociações à tarde.


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Greenpeace denuncia suspensão da sessão plenária em Copenhague

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