Um levantamento divulgado na última sexta-feira (22), em Madri, pela Organização Ibero-Americana de Juventude comprova que, desde a década de 1980, a gravidez entre adolescentes cresce apenas na América Latina, já que “a taxa de maternidade não desejada cada vez aumenta mais na região”, de acordo com a secretária-geral adjunta da OIJ, Leire Iglesias.
O estudo, que foi compilado em um texto de 120 páginas, batizado de “Reprodução adolescente e desigualdades na América Latina e no Caribe: um chamado à reflexão e à ação”, utilizou dados de 17 países, incluindo Brasil, Guatemala, México, Argentina, Chile, Paraguai, Costa Rica e Equador. Entre as conclusões, está a comprovação de que, na região, de cada mil gestações, 73 são de jovens entre 15 e 19 anos, muito acima da média nacional, de 54 gestações para mil.
Iglesias explicou que “com a exceção de países como Brasil e Colômbia, que pesam muito em termos demográficos, a tendência da taxa de maternidade adolescente na região é de crescimento”, antes de salientar que “quanto melhor o sistema educacional, menor a taxa de gravidez indesejada em adolescentes”, não importando mais a procedência da jovem (zona rural ou urbana).