O primeiro balanço do Programa Brasileiro GHG Protocol, que contabiliza as emissões de gases de efeito estufa de 27 grandes empresas brasileiras, mostra que em 2008 esse grupo emitiu 85,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida padronizada pela Organização das Nações Unidas, a ONU, para quantificar as emissões globais e que também inclui gases como metano e óxido nitroso). O montante representa 8,5% do total de emissões brasileiras no período, quando não se consideram as emissões oriundas do desmatamento e uso da terra.
O programa, coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), é usado para calcular e inventariar as emissões de gases estufa produzidas pelas empresas para subsidiar medidas de mitigação.
De acordo com o levantamento, apresentado esta semana em um evento do setor empresarial sobre mudanças climáticas, das 27 empresas que aderiram ao programa, a Petrobras foi a que mais emitiu gases de efeito estufa no ano passado: 51 milhões de toneladas de CO2 equivalente, 59% do total inventariado pela FGV.
A Votorantim aparece em seguida, com 18 milhões de toneladas, e a Alcoa vem em terceiro, com 2 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
A contabilidade das empresas incluiu as emissões de gases de efeito estufa geradas a partir do uso de transportes em viagens, consumo de combustíveis e da disposição de resíduos orgânicos em aterros sanitários (o que gera emissões de metano, um dos gases que mais potencializam o efeito estufa).
De acordo com a FGV, contabilizar as emissões pode auxiliar as empresas a entrar no mercado de carbono e a implementar projetos de eficiência energética.