Uma das formas encontradas pelos países para combater a crise internacional foi a injeção de capital próprio na economia, para evitar que o colapso fosse ainda maior. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os governos tiveram um custo superior a US$ 10 trilhões, sendo que os mais ricos gastaram US$ 9,2 trilhões em ajuda ao setor financeiro, enquanto as economias emergentes gastaram um total de US$ 1,6 trilhão. A expectativa é que parte destes recursos sejam recuperados quando a mundial se reestabilizar.
Outro cálculo que o FMI está trabalhando diz respeito ao custo da crise nos orçamentos dos países. A entidade acredita que as economias que fazem parte do G-30 vão ter um déficit orçamentário de 10,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. A se confirmar, esse será o maior resultado negativo para essas nações desde a Segunda Guerra Mundial.
A lista dos maiores déficits é liderada pelos Estados Unidos, com 13,5% do PIB, seguida da Grã-Bretanha, com 11,6%, e do Japão, com 10,3%. Para 2010, o Reino Unido passa a liderar, com 13,3%, contra 9,7% estimado para os EUA.
O aumento dos déficits orçamentários é reflexo de uma combinação da gravidade da crise e as medidas de estímulo introduzidas por alguns países para tentar incentivar a recuperação da economia.
Agora, a estimativa do FMI é que os países do G-20 vão implementar planos de estímulo no valor de 2% de seu PIB em 2009, e 1,6% em 2010. Para a entidade, é aumento de gastos é mais eficiente que a redução dos impostos para incentivar a demanda, e que isso funciona melhor se aplicado em conjunto com uma política monetária mais flexível e de maneira coordenada em todo o mundo.