A federação argentina de futebol
(AFA, em espanhol) e o Governo da presidente Cristina Fernández de
Kirchner estão perto de um acordo para que o Estado assuma os
direitos de televisão dos torneios profissionais.
Cristina receberá hoje o presidente da AFA, Julio Grondona. Na
última terça, o dirigente rompeu o contrato com a empresa Televisión
Satelital Codificada (TSC), que ia até 2014.
Em reunião com o chefe do Gabinete de Ministros, Aníbal
Fernández, na sede do Governo, dirigentes da federação acertaram as
bases de um contrato que garantirá aos clubes mais que o dobro do
que recebiam.
Tanto a AFA como o Governo negam um princípio de acordo, mas um
membro do Comitê Executivo da federação confirmou a notícia.
Em declarações publicadas pelo jornal “La Nación”, Boris
Lisnovsky, vice-presidente do Independiente, afirmou que federação e
Governo trabalharão juntos.
A imprensa disse hoje que possivelmente o acordo será anunciado
oficialmente amanhã.
A federação se manifestou “notavelmente prejudicada” pela
“diferença” que existe entre as pessoas que pagam para assistir aos
jogos e as receitas recebidas pelos clubes.
“Existem razões suficientes para rescindir o contrato e processar
a TSC. Os novos proprietários dos direitos deverão pagar dignamente
e não tratar a federação como subordinada, mas como sócia, além de
nos permitir opinar e auditar o futebol como negócio”, disse.
Em nota, a TSC anunciou que “tomará todas as medidas judiciais
pertinentes para resguardar seus direitos e o dos operadores de
televisão por assinatura e aberta de todo o país, com os quais tem
contratos”.
“Se os clubes tomaram a decisão que tomaram, e podem ser
eventualmente responsáveis do ponto de vista legal, vamos buscar
nossos direitos de todas as formas”, disse Marcelo Bombau,
presidente do canal “Torneos e Competencias” (TyC), membro do grupo
até então proprietário dos direitos,
A federação prevê o início do Torneio Apertura para o próximo dia
21, mas uma possível medida cautelar de parte da TSC pode adiar
novamente o início do torneio.
