O Google enviará um representante a Pequim para tratar com as autoridades chinesas o assunto dos direitos autorais, segundo publicou hoje o jornal oficial China Daily.
Assim, o representante do gigante americano de internet “se comunicará” com a Sociedade Chinesa de Direitos Autorais (CWWCS, na sigla em inglês) diante das queixas que os autores chineses enviaram ao Governo por causa da nova ferramenta Google Books.
Os cálculos deste organismo chinês situam os livros escaneados pelo Google em 18.000, que incluem escritos de cerca de 570 autores e que já se encontram disponíveis para os internautas dos Estados Unidos.
As autoridades asseguram que a maioria dos escritores não foi nem compensada nem avisada desta ação.
“Até o momento, nenhum autor que tenhamos consultado nos disse que tivesse autorizado o Google a realizar o escaneamento”, afirmou Zhang Hongbo, subdiretor-geral da CWWCS, acrescentando que se trata de uma violação “muito grave” dos direitos autorais.
O buscador pretende criar uma gigantesca biblioteca virtual, um serviço que oferecerá na internet livros completos, um projeto que encontrou com numerosos opositores no mundo todo.
O Google propôs um acordo com os editores e autores americanos para que recebam 63% dos lucros que representa a digitalização de suas obras.
No entanto, a CWWCS indicou que os escritores chineses não aceitam um acordo deste tipo.
Por sua vez, o Google manifestou recentemente em comunicado que “escutará com atenção todas as preocupações que surgiram e trabalhará duro para enfrentá-las”.