A montadora norte-americana General Motors confirmou na noite de domingo (29/03) a renuncia de Rick Wagoner como presidente da empresa. Quem assume o cargo é Fritz Henderson, chefe de operações da GM. A saída do então presidente é a primeira baixa do plano de reestruturação que deverá ser anunciado pelo presidente Barack Obama nesta segunda-feira (30/03) para tentar salvar o setor automotivo em meio à crise financeira internacional.
Wagoner, de 56 anos, assumiu como executivo-chefe da GM em 2000 e passou a presidir a empresa em 2003, época em que a montadora enfrentou um dos momentos mais difíceis de sua história. Sob sua gestão, a GM perdeu a liderança mundial do setor automotivo, conquistada pela japonesa Toyota, e acumulou US$ 82 bilhões de perdas nos últimos três anos. No fim de 2008, teria ficado sem liquidez não fosse um empréstimo de emergência no valor de US$ 13,4 bilhões dado pelo governo americano.
Em comunicado, Wagoner disse que Fritz Henderson “é uma excelente escolha para ser o próximo presidente-executivo da GM. Tendo trabalhado diretamente com Fritz por muitos anos, sei que é a pessoa ideal”.
Em troca de ajudas do Governo, a GM e a Chrysler, que recebeu um empréstimo de US$ 5 bilhões para sobreviver à crise, têm até o dia 31 de março para apresentar um plano comprovando sua viabilidade.
Por esses empréstimos, o Governo exigirá das duas fabricantes “muita reestruturação”, declarou Timothy Geithner, secretário do Tesouro, ao canal de televisão ABC. Os planos são anunciados como a última tentativa para resgatar as duas empresas, que acumularam dezenas de bilhões de dólares em prejuízos nos dois últimos anos e que se encontram à beira da falência.