A inflação para as famílias com rendimentos entre um e dois salários mínimos e meio fechou julho em 0,24%. A taxa foi 0,1 ponto percentual superior à observada no mês anterior, quando foi registrada alta de 0,14%. Os dados são da Fundação Getulio Vargas, que divulgou nesta quarta-feira (5) o Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1).
No ano, o índice acumula elevação de 3,24%, acima dos 3,01% acumulados pelo IPC-BR, que mede a inflação para famílias com ganhos entre um e 33 salários mínimos. Nos 12 meses encerrados em julho (inflação anualizada), a alta acumulada é de 3,97%, abaixo dos 4,67% acumulados no mesmo período pelo IPC-BR.
Contribuíram para o resultado de julho as altas nos preços de eletricidade residencial (de 2,60% para 3,63%), que faz parte do grupo habitação (de 0,02% para 0,77%); material escolar, excluindo livros (de 1,22% para 0,52%), que compõe o grupo educação, leitura e recreação (de 0,54% para 0,09%); artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,13% para 0,38%), em saúde e cuidados pessoais (de 0,08% para 0,23%) e tarifa de ônibus interurbano (de 0,85% para 1,66%), um dos componentes do grupo transportes (de 0,03% para 0,02%).
Subiram com menos intensidade na passagem de junho para julho os preços nos grupos alimentação (de 0,31% para 0,02%), com destaque para carnes bovinas (de 0,81% para 0,45%), roupas (de 0,72% para 0,16%); vestuário (de 0,42% para 0,04%), especialmente roupas (de 0,72% para 0,16%); e despesas diversas (de 0,24% para 0,20%), principalmente alimento para animais domésticos (de 1,02% para 0,79%).
O IPC-C1 foi lançado oficialmente pela FGV no ano passado. Sua série histórica, no entanto, teve início em janeiro de 2004. O índice é divulgado mensalmente.