O juiz Rafael Pereira Pinto, da 16ª Vara Federal do Rio de Janeiro, decidiu nesta segunda (1º) que o menino Sean Goldman, cuja guarda era disputada desde o início do ano pelo pai biológico e pelo padrasto, terá que voltar para os EUA imediatamente.
Ainda de acordo com informações da defesa, o menino, que tem 9 anos de
idade e está há cinco anos com o padrasto no Brasil, terá que ser
entregue ao Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro até as 14
horas de quarta-feira. Caso isso não ocorra, a polícia deverá fazer
cumprir a decisão.
O advogado da família brasileira, Sergio Tostes, afirmou que deseja impetrar um mandato de segurança, no Tribunal Regional Federal, para impedir que o menino embarque para os Estados Unidos.
É a maior violência já cometida nesse país. O menino é um brasileiro nato. E essa é uma violência nunca vista contra um brasileiro nato, afirmou o advogado Tostes.
CASO GOLDMAN
Quando tinha 4 anos, Sean foi levado para passar férias no Brasil pela mãe, Bruna. Quando chegou no país, a mulher pediu divórcio e se casou de novo com um influente advogado brasileiro.
Bruna morreu em agosto do ano passado numa mesa de parto. Hoje, a recém-nascida e Sean vivem com a família do segundo marido. Goldman lutava há mais de quatro anos para ter o filho de volta.