O tribunal da cidade de Bialystok, no leste do Polônia, julga nesta sexta-feira (20/03) o “Fritzl polonês”, um homem de 46 anos que trancafiou e abusou sexualmente da filha durante seis anos, levando ao nascimento de duas crianças.
O processo ocorre a portas fechadas, sem que a imprensa tenha acesso à sala onde os magistrados vão ouvir o testemunho de Krzysztof, que abusou da filha Alicja desde que esta tinha 14 anos, alegando que tinha direitos sobre ela por ser seu pai.
Outros três homens são réus junto ao “Fritzl polonês”, entre eles o irmão dele. Eles são acusados de invadir a residência do namorado da jovem, local onde ela se refugiou ao fugir de casa.
Krzysztof foi detido em setembro de 2008, quando a Polícia descobriu que estuprava Alicja há anos.
As relações sexuais entre os dois levaram ao nascimento de duas crianças, uma em 2005 e outra em 2007. Ambas foram dadas para adoção por ordem do próprio pai e contra a vontade da jovem.
Durante os seis anos, Alicja pôde deixar sua casa poucas vezes. Os partos dos dois filhos em um hospital público foram duas dessas ocasiões. Entretanto, sempre houve a estreita vigilância do pai.
Alicja e sua mãe decidiram depois de muito tempo revelar à Polícia o horror vivido em casa, o que resultou na detenção do pai.
Em declarações à imprensa, a mãe da jovem disse que “não podia mais permitir, era muita dor para minha filha”. Entretanto, a mãe sabia que o marido abusava de Alicja, sem que fosse capaz de fazer algo para impedi-lo.
O começo deste julgamento coincide com a condenação do austríaco Josef Fritzl, o “Monstro de Amstetten”, que abusou sexualmente da filha durante 24 anos no porão de sua casa. Fritzl foi condenado à prisão perpétua.