Durante o lançamento do Buzz, muito se falou sobre a criação do Google ser uma arma contra o enorme crescimento do Facebook e do Twitter. Até aí, tudo bem. Mas ao lado desses dois gigantes, tinha um terceiro nome, desconhecido para a maioria dos brasileiros: Foursquare – quadrado em inglês, uma gíria para o jogo escolar queimada.

O Foursquare é uma rede móvel, que é integrada perfeitamente à geolocalização. O que seria isso? Pelo celular, ela rastreia onde você está no momento do post. OK, isso parece meio assustador, mas calma. O objetivo disso é descobrir serviços públicos ao seu redor, como restaurantes, bares, cinemas e lojas. E ler as recomendações dos usuários sobre esses lugares.

O Foursquare tem uma grande competição ali dentro. Toda vez que você entra em um ambiente novo registrado, o site registra um check-in. Aquele mais se anotar entradas em um lugar específico vira prefeito do lugar. Deixar comentários e registrar novos comércios serve para ganhar pontos e “badgets”, selos virtuais.

Lendo assim não parece interessante. E a impressão será essa mesma ou navegar pelo Foursquare usando um computador comum. O carro-chefe dele é o celular – há aplicativos exclusivos para o iPhone, Blackberry, Palm e celulares com o sistema operacional Android, do Google.

Ao ligar o app do Android na região de Perdizes, bairro paulistano central, havia nada menos que mais de 20 ambientes registrados. A padaria perto de casa tinha uma dica interessante: não deixar de experimentar o bolo indiano do lugar. Na lanchonete do quarteirão vizinho, uma descrição que a comida de lá é ótima, uma pequena o resturante não aceita cartão de crédito ou débito.

Com esses meros dois exemplos deu para sentir uma experiência totalmente diferente. Imagina uma rua cheia de bares e sem saber qual visitar. Ao rodar o Foursquare dá para conferir as especificações de cada ambiente e o que ta rolando lá naquele exato momento – a rede social é integrada com o Twitter.

“É como se fosse minha agenda pessoal de eventos. Gosto de me programar e, ao voltar, dizer que no restaurante mexicano o Mojito estava forte, e no show da banda a casa esteve lotada, mas a qualidade do atendimento não foi alterada. Sou eu, Aleo, falando bem ou mal de um determinado local visitado para meus amigos, e isso vale muito mais do que qualquer publicidade. É a indicação, é o boca a boca a favor de grandes noites ou visitas a excelentes lugares”, conta o publicitário Aleo Gerez.

No Brasil o serviço ainda dá os seus primeiros passos. Em São Paulo há diversos ambientes registrados, mas o número de usuários ativos, como Aleo, é restrito. Nos EUA, grandes empresas como Pepsi e Intel realizam ações pelo Foursquare. Restaurantes e bares dão descontos para a clientela fiel que faz muitos “check-in”. Para lançar sua nova comédia How To Make It in America, a HBO criou uma parceria que estimulava os usuários a conhecerem ambientes de Nova York que serviam de locação para a série.

Isso é o mais bacana do Foursquare. Com ele, vidas virtuais e reais se misturam, não há distinções. “Eu o vejo o como a única rede social que te faz sair de casa. Sempre quero ir e descobrir novos lugares para postar minhas impressões aos meus amigos da rede. Já deixei muita preguiça de lado por causa do Foursquare”, brinca Aleo Gerez.


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Foursquare, uma rede social que vai lhe tirar da frente com computador

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