Os que integram o Fundo Monetário Internacional (FMI) se comprometeram neste domingo (5) a colocar fim ao controle europeu da chefia do órgão, dando acesso a integrantes de outras regiões do mundo.

O Comitê Monetário e Financeiro Internacional, que representa os 186 países-membros do FMI, prometeu aprovar em abril um novo processo de seleção dos diretores da entidade, que será “aberto, baseado no mérito e transparente”.

Desde sua fundação, em 1944, todos os diretores-gerentes do Fundo foram europeus, enquanto o “número dois” foram americanos. Em troca, os Estados Unidos se reservaram a designação do presidente do Banco Mundial.

Esse é um acordo tácito entre os dois máximos acionistas das instituições, contra o que os países em desenvolvimento protestam há anos.

A declaração do Comitê, realizada ao final de sua reunião semestral, significa que, pela primeira vez em sua história, o próximo diretor-gerente do FMI poderá não ser europeu.

Semelhante ao G20

A reunião aconteceu uma semana depois de o Grupo dos Vinte (G20, os países ricos e os principais emergentes) se consolidar como o fórum de coordenação econômica mais importante mundo, em substituição ao Grupo dos Oito (G8), dos países desenvolvidos e da Rússia.

Os países em desenvolvimento conseguiram mais que isso na cúpula de Pittsburgh (EUA), ao ganhar o apoio do G20 de transferir “pelo menos” 5% do voto no FMI para os países ricos sub-representados.

Na prática, isso significa uma cessão de voto da Bélgica, Suíça e possivelmente Reino Unido e França, por exemplo, a países como Brasil, China, México, Índia e Rússia.


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FMI promete romper hierarquia europeia de seus chefes

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