Jean Sarkozy, o filho de 23 anos do presidente da França, Nicolas Sarkozy, deverá ser eleito nesta sexta-feira (23) membro de um importante órgão público, e não mais seu principal responsável.

Após as acusações de nepotismo apresentadas contra o pai, Jean provavelmente será nomeado membro do conselho do Etablissement Public d’Aménagement de La Défense (EPAD), órgão que administra o distrito financeiro de La Défense, localizado nos arredores de Paris e cujo presidente é extra-oficialmente chamado de “embaixador”.

Na noite da quinta-feira (22), em um canal de TV, Jean já havia dito que não aceitaria o cargo de diretor do EPAD.

“Não quero uma vitória manchada de suspeitas”, declarou à emissora France 2, à qual também denunciou uma “campanha de manipulação e desinformação”

Perguntado sobre se tinha consultado Nicolas Sarkozy antes de tomar a decisão, Jean respondeu: “Se você está me perguntando se falei com o chefe de Estado, não. Se está perguntando se falei com meu pai, sim”.

Hoje, a classe política foi quase unânime ao comentar o “gesto” de Jean. A direita elogiou a “maturidade” do filho do presidente. A esquerda, por sua vez, destacou a “lucidez” do universitário, que começou a estudar Direito há pouco tempo.

O jornal de esquerda Libération, no entanto, aproveitou a situação para cutucar o chefe de Estado francês. “Soa como uma confissão. A de um presidente que compreendeu que foi um pouco longe demais no exercício pessoal de seu poder”, escreveu a publicação.

Para a imprensa nacional, ficou evidente a mão de Nicolas no pronunciamento público do filho. Mas vários meios de comunicação regionais viram nas declarações de Jean o início de uma carreira / corrida política promissora. “Nasce uma estrela”, publicou o Le Télégramme em sua capa.


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Filho de Sarkozy deve ser nomeado nesta sexta para novo cargo público

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