O líder cubano Fidel Castro disse nesta terça-feira que a situação para a espécie humana em virtude da mudança climática é de “vida ou morte”, e não mais de “pátria ou morte”, lema antes tradicional em seus discursos.
Em novo artigo na coluna Reflexões, divulgada na imprensa oficial cubana, Fidel ressalta a importância da conferência sobre a mudança climática de Copenhague, em dezembro próximo, e afirma que os países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e do terceiro mundo estarão ali “lutando pela sobrevivência da espécie”.
Para o líder cubano, em nenhum outro momento da história humana houve perigo da magnitude da mudança climática.
“Já não é questão de pátria ou morte; realmente e sem exagero, é uma questão de vida ou morte para a espécie humana”, afirmou o ex-presidente, de 83 anos.
Fidel destaca no artigo o fato de na última cúpula extraordinária da Alba, realizada na semana passada na Bolívia, ter se colocado “com grande força” a ameaça da mudança climática e lembra que esse grupo de países se reunirá em 13 de dezembro em Havana, poucos dias antes do começo da conferência em Copenhague.
O líder cubano lembrou também que, enquanto terminava a reunião da Alba, em Londres acontecia um fórum sobre energia e clima em que o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, advertia sobre as consequências desastrosas que um impasse em Copenhague teria.
“A importância das palavras de Brown é que não são ditas por um representante da Alba ou por um dos 150 países emergentes ou subdesenvolvidos do planeta, mas da Grã-Bretanha, onde se iniciou o desenvolvimento industrial e um dos que mais dióxido de carbono injetou na atmosfera”, argumentou Fidel.