O ator e diretor americano Sylvester Stallone foi homenageado neste sábado, dia 12, no 66º Festival de Veneza com o prêmio Jaeger-LeCoultre por sua contribuição ao cinema, o que leva o astro das sagas cinematográficas Rocky e Rambo ao rol dos grandes cineastas contemporâneos.
O prêmio recebido por Stallone já foi concedido anteriormente a cineastas como Takeshi Kitano, Abbas Kiarostami e Agnès Varda.
Para o Festival de Veneza, Stallone criou e deu vida a personagens que “exploraram a luz e a escuridão do sonho americano em interpretações com precisão, criando uma galeria de retratos vivos que também estão entre os mais lúcidos ícones do cinema contemporâneo americano”.
Ao receber a honraria, o ator e diretor disse que não quer “continuar me repetindo com filmes de guerra” e afirmou que seu único objetivo profissional foi sempre ser “honesto e original”.
“Sou mais roteirista do que ator e mais diretor do que ator”, assegurou Stallone, que ganhou fama mundial começou em 1977 com “Rocky, um Lutador”, produção vencedora do Oscar de Melhor Filme daquele ano e pela qual ele foi indicado para as estatuetas de Melhor Ator e Melhor Roteiro Original.
Mesmo com o sucesso na pele de Rocky Balboa e de John Rambo e em filmes como Stallone Cobra (1986), Tango & Cash – Os Vingadores (1989), Risco Total (1993) e O Especialista (1994), entre outros, Stallone diz que demorou a se encontrar profissionalmente.
“Agora, com a minha idade (63 anos), começo a fazer o que gostaria de ter feito há 20 anos, que é escrever e dirigir”, disse.
E isso o levou a Os Mercenários (“The Expendables”), um filme dirigido e escrito pelo próprio Stallone e que, apesar de suas palavras, não parece fugir dos estereótipos que marcaram sua carreira.
Stallone, Jason Statham e Jet Li formam um grupo de mercenários que se infiltrará em um fictício país sul-americano para tentar derrubar um sanguinário ditador.
Rodado no Brasil – país para o qual Stallone afirmou que só tem elogios -, Costa Rica e Estados Unidos, a história reunirá o ator com astros como Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Mickey Rourke e Dolph Lundgren pela primeira vez.
“É um filme que fala do homem. Tem muito coração para um filme de ação”, acrescentou o diretor da fita.
As primeiras sequências deste novo filme de Stallone serão exibidas hoje à noite em Veneza, assim como uma nova versão de Rambo IV (2008), o último representante da saga.
A “versão do diretor” que será mostrada hoje é a “melhor de Rambo”, já que, segundo Stallone “mostra sua alma e permitirá entender por que sua vida foi como foi”.EFE