O FBI (Polícia Federal americana) apresentou parte do dossiê sobre as acusações de abuso de menores contra o cantor Michael Jackson, que morreu em junho.
Atendendo a um pedido da imprensa americana, as 333 páginas divulgadas hoje detalham o trabalho do FBI em duas acusações contra o cantor, de 1993 e 2004.
Sobre o primeiro caso, foi divulgado o testemunho de uma mulher de Toronto que afirmava ter viajado no mesmo trem que o artista.
Segundo ela, Michael fazia o percurso de Chicago ao Grand Canyon acompanhado por Jordan Chandler, menino que supostamente revelou ao pai supostos abusos por parte do rei do pop.
Citada pelo site The Hollywood Reporter, a mulher disse ao FBI que os dois pareciam ter uma relação extremamente próxima e que estava preocupada com os barulhos que ouvia do interior da cabine onde Michael viajava com o garoto, então com 12 anos.
Jordan teria recebido aproximadamente US$ 20 milhões do cantor para que não testemunhasse contra ele no processo.
Na acusação de 2004, por pedofilia, o FBI informou que nada foi encontrado nos computadores do cantor que pudesse incriminá-lo.
Jackson foi declarado inocente de dez acusações, sendo quatro por abusar sexualmente de menores.
Mas a maior parte do arquivo revelado tem como assunto um relatório de 200 páginas, feito em 1992, sobre um homem que ameaçava matar o então presidente americano George H.W. Bush e cometer outros assassinatos em série.
O suspeito, que acabou sendo detido, tinha o cantor como um de seus alvos.
Os documentos também incluem provas de um complô para extorquir o cantor em 1992 e investigações referentes a um caso de pornografia infantil, no qual o artista também não foi incriminado.
Michael Jackson morreu em junho, aos 50 anos, por overdose, em circunstâncias qualificadas na autópsia como homicídio.
A Polícia trabalha com a hipótese de homicídio involuntário cometido pelo médico particular do cantor, Conrad Murray, presente no momento de sua morte.
O conteúdo revelado hoje não inclui material sobre essa investigação.