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(EFE) A falta de acesso à água potável e saneamento adequado
causa 1,6 milhão de mortes ao ano, afirma relatório divulgado pela ONU,
nesta quinta-feira (09). O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas ainda
afirmou que a maioria das mortes afeta crianças com menos de cinco anos.
Catarina de Albuquerque, a autora do estudo e especialista
da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento, ressaltou que “o acesso a
melhores serviços de saneamento segue sendo uma promessa descumprida para quase
40% da população mundial”.
Para exemplificar isso, ressaltou que 23% da população mundial defeca ao ar
livre, uma prática que “põe em perigo a saúde de toda a comunidade, porque
aumenta as (incidências de) doenças diarréicas, incluindo o cólera, assim como
infecções por vermes e hepatite”. Dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS) contidos no relatório indicam que o “acesso a um melhor saneamento
diminuiria em 32% as doenças diarréicas”.
Segundo o relatório, resolver o problema teria um impacto econômico positivo em
regiões muito pobres do mundo. E isso porque “o custo do tratamento das
doenças diarréicas representa 12% dos orçamentos nacionais em questão de saúde
na África Subsaariana”, explicou a especialista. “No total, as
possíveis vantagens econômicas de investir em água e saneamento poderiam chegar
a US$ 38 bilhões ao ano” em nível mundial, afirma o estudo.
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