A rede social Facebook surpreendeu hoje seus mais de 350 milhões de usuários com novas opções de privacidade, que permitem limitar quem pode ver a informação publicada no perfil pessoal, mas também abri-lo a uma audiência global.
A medida é um primeiro passo para abrir parte do site, acessível por enquanto apenas aos usuários registrados, a um público mais amplo dentro da internet.
O interesse crescente de sites de busca como Google e Bing por incorporar o conteúdo gerado no Facebook a seus resultados levou a rede social a incentivar seus usuários a decidirem quem pode ver suas informações com base em seu conteúdo.
“Queremos responder às reivindicações das pessoas que querem compartilhar sua informação de maneiras diferentes”, disse em comunicado Elliot Schrage, vice-presidente do departamento de comunicação da rede social.
Para isso, o Facebook criou uma nova ferramenta, chamada “controle de privacidade da edição”, que facilitará aos usuários configurar o compartilhamento de cada um dos conteúdos publicados no próprio momento de fazê-lo.
Com o objetivo de simplificar esse processo, a rede social suprimirá também suas redes regionais, que cobrem uma cidade ou um país inteiro e que contam, em muitos casos, com milhões de membros.
Em seu lugar, o Facebook oferecerá quatro opções de redes para compartilhar cada conteúdo: “Amigos”, “Amigos de amigos”, “Todos” e “Personalizar”.
Assim, os usuários poderão compartilhar um determinado elemento com seus amigos pessoais, mas não com seus companheiros de trabalho ou, inclusive, selecionar um por um os usuários que poderão vê-lo.
Os responsáveis pela rede social destacaram que estas mudanças não significam que vá oferecer o conteúdo publicado a terceiros, como sustentam muitos de seus detratores.
“O Facebook nunca compartilhou informação pessoal com anunciantes, exceto sob a direção e controle de um usuário. Estas novas ferramentas não alteram essa política ou prática”, assegura o comunicado.
A companhia também pretende ensinar seus usuários a utilizar a rede social “de forma responsável”, reconhecendo que “os usuários podem considerar sensíveis determinadas informações”.
Por exemplo, quando um usuário desejar acrescentar seu número de telefone às suas informações pessoais, vai se deparar com uma mensagem que o recomendará restringir essa informação a um círculo pequeno de pessoas.
Além disso, a rede social limitará a visibilidade do conteúdo criado pelos usuários menores de 18 anos, que não poderão ter acesso à opção de pôr o conteúdo à disposição de toda a rede, e cujo círculo mais amplo serão seus amigos ou os amigos de seus amigos.
A mudança nas opções de segurança responde também às pressões da concorrência com serviços rivais como Twitter, onde toda a informação é pública e acessível a qualquer internauta por meio dos sites de busca.
“As funcionalidades que anunciamos hoje não são o ponto final, mas simplesmente mais um passo de um processo contínuo”, destacou Chris Cox, vice-presidente de gestão de produtos do Facebook.
