Foi uma noite para nenhum fã de rock pesado botar defeito. O ar ficou “elétrico” com a ansiedade para ver duas instituição do hardcore/metal juntas no palco. O Ratos de Porão começou sua “paulada sonora” e logo seu leal público respondeu de volta. Clássicos como Morrer, Crucificados pelo Sistema, Toma Troxa, Igreja Universal (irônica?), Descanse em Paz, F.M.I., e a inédita Exército dos Zumbis, arrancaram sangue, suor e gritos da galera, e é óbvio, os fãs agradeceram por cada minuto.

Um detalhe perceptível: O Ratos está vivendo sua melhor fase nos palcos. João Gordo (vocal), Jão (guitarra), Juninho (baixo) e Boka (bateria) estão se tornando cada vez mais coesos, rápidos, letais e técnicos. O espetáculo terminou, mas os gritos de “Ratos, Ratos, Ratos…” ecoavam no Inferno Club quando os quatro caveleiros do apocalipse abandonaram o palco. O fã foi polpado de alguns minutos sem a massa de “barulho” enquanto a banda principal arrumava os instrumentos, e claro, era evidente quem o público queria ver, já que a casa começou a ficar lotada.

Quando o Extreme Noise Terror começou a tocar, a casa foi abaixo. As lendas de Ipswich, Inglaterra, praticamente moldaram a sonoridade do crust/grindcore como é feito hoje em dia. Com os lendários Dean Jonas e Phil Vane no palco, o Inferno começou a tremer com os riffs e as batidas do grupo. Com pedradas como Work For Never, Human Error, Raping The Earth, Third World Genocide, Bullshit Propaganda, False Prophet, o E.N.T. causou visível comoção nos fãs mais antigos do grupo.

Dean e Phil faziam uma dupla perfeita no palco, interagiam com o público e brutalizavam o som com seus urros perfeitos. Após uma pequena pausa durante o show, o Extreme Noise Terror voltou e encerrou sua aula de “barulheira” com aplausos, gritos e uma sensação natural entre todos alí: foi uma noite inesquecível. Para os mais fanáticos, ou os que perderam essa noite, o show acontece novamente hoje (27). Os fãs de hardcore/grindcore/barulho não podem perder…


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Extreme Noise Terror e Ratos de Porão botam para quebrar no palco do Inferno