A expulsão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do partido Democratas é questão de tempo. Na avaliação do líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), o sentimento dentro da legenda depois da reunião da executiva do partido, realizada ontem (1º), é pela desfiliação sumária de Arruda devido às acusações de que ele, supostamente, comandaria um esquema de propina para aliados políticos e deputados distritais.
Para Caiado, a decisão tomada ontem pela sigla, que concedeu oito dias para Arruda apresentar sua defesa das acusações, foi apenas regimental. O sentimento é geral e único. O sentimento de todos é pela expulsão do governador Arruda dos quadros do Democratas. Ninguém que estava ali [na reunião] estava confortável, muito menos queria a permanência dele [Arruda] nos quadros do partido. Essa foi a opinião generalizada. Por isso, posso adiantar esse diagnóstico [da expulsão], afirmou.
Segundo o líder democrata, a decisão do partido que será anunciada na semana que vem servirá de exemplo para as demais legendas. A teoria que sempre existiu no Brasil é o contrário. O que sempre existiu nos outros partidos é o contrário do que há no Democratas. Primeiro, puniremos o mais importante e depois iremos para os demais. Os outros partidos punem os assessores, os de menor importância, e jogam para debaixo do tapete os figurões dos partidos, disse.
Se o DEM decidir pela expulsão de Arruda, inviabilizará qualquer possibilidade do governador do DF de lutar pelo segundo mandato nas eleições do próximo ano, porque o prazo para se filiar a um novo partido terminou no dia 3 de outubro. Sem legenda, de acordo com a lei eleitoral, Arruda não poderia se candidatar à reeleição.