Que os Rolling Stones têm o comando do mundo pop desde os anos 60 todo mundo sabe. Mas, nem por isso todos atendiam aos seus chamados. Foi revelado agora que o artista holandês M.C. Escher, mundialmente famoso por sua arte carregada de ilusões de ótica, recusou-se a desenhar uma capa para os Stones em 1969.

A banda era fã de Escher. Mick Jagger escreveu ao artista, expressando admiração pelo seu trabalho e dizendo que gostariam muito que ele assinasse a arte da capa de seu próximo álbum, a coletânea Through the Past, Darkly (Big Hits Vol. 2). Jagger explica que poderia tanto ser algo completamente novo quanto algum trabalho ainda inédito do artista.

Surpreendentemente, Escher recusou o trabalho através de seu agente, alegando falta de tempo. E aproveitou e corrigiu Jagger de maneira um tanto ríspida. É que, em sua carta, Jagger se dirige ao artista como “caro Maurits” (o M de M.C. Escher). Quando escreve para seu agente, pedindo que recuse a proposta, ele finaliza a mensagem com “por sinal, por favor diga ao sr. Jagger que para ele eu não sou Maurits, mas, atenciosamente, M.C. Escher.”

Parece que o artista não tinha problema com o rock em si. No mesmo ano, ele autorizou o uso de seu quadro Répteis, numa versão colorida, na capa do primeiro álbum do Mott the Hoople. Dois anos depois, os Stones conseguiram um artista mais famoso para fazer uma capa de disco. Andy Warhol foi o autor da capa de Sticky Fingers.

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Expoente das artes se recusou a fazer capa dos Rolling Stones