Mais de dez ex-presos de Guantánamo voltaram a unir-se à Al Qaeda para lutar no Iêmen, uma situação que preocupa pela capacidade do Governo desse país para aceitar cerca de cem antigos reclusos da base dos Estados Unidos em Cuba, assinala hoje o periódico britânico The Times.



Dos 198 ainda detidos em Guantánamo, 91 são iemenitas, ressalta o diário, que estima que a data prevista para o fechamento da base – próximo dia 22 – não poderá ser cumprida.


Após a tentativa fracassada de atentado contra um avião que voava de Amsterdã a Detroit, no dia de Natal, o Governo dos EUA está preocupado que o Iêmen posa ser um viveiro de terroristas.



O terreno montanhoso do Iêmen, sua pobreza e sua sociedade tribal sem lei fazem com que este país se torne o novo paraíso dos terroristas, na opinião de muitos analistas, indica o jornal.



“É uma questão ampla (os terroristas que se unem à Al Qaeda) que vai além da transferência de detidos. O grosso dos que ainda estão detidos procedem do Iêmen (…) Tentamos trabalhar a respeito deste assunto com o Governo iemenita”, disse o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell.



O diário acrescenta que se estima que boa parte dos que ainda estão presos em Guantánamo podem voltar à atividade terrorista, pois foram considerados como uma maior ameaça para a segurança frente aos que já foram libertados.



O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, convocou uma cúpula global para tratar da radicalização islamita no Iêmen. A conferência, que conta com o apoio de Washington e da União Europeia (UE), acontece no dia 28 de janeiro, em Londres.


 


Embaixadas dos EUA, Reino Unido e França no Iêmen são reabertas


 


As embaixadas dos Estados Unidos e Reino Unido no Iêmen reabriram nesta terça-feira após dois dias sem atividades, assim como a da França, que tinha fechado ontem por temor a um atentado da Al Qaeda na Península Arábica.



Todas as delegações diplomáticas deram instruções a seus cidadãos para que aumentem as medidas de segurança e proteção no Iêmen devido às contínuas ameaças da Al Qaeda contra interesses ocidentais no país árabe.



As medidas de segurança aumentaram consideravelmente há dois dias ao redor dos edifícios das embaixadas e as ruas próximas permanecem bloqueadas. A vigilância também foi aumentada na região do aeroporto. Outras embaixadas como a alemã e a japonesa anunciaram ontem o fechamento de seus consulados por motivos de segurança.



 


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Ex-presos de Guantánamo se unem à Al Qaeda para lutar no Iêmen, diz diário

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