O presidente da Bolívia, Evo Morales,
que está em greve de fome desde quinta-feira (9) continua hoje com seu protesto pacífico. Ele reivindica que o Congresso continue em sessão e delibere sobre uma nova lei eleitoral que lhe permita se candidatar a reeleição. A oposição esvaziou o Congresso e paralisou as discussões sobre a nova lei.
Morales permanece em jejum no Palácio do Governo de
La Paz junto com os líderes dos movimentos sociais que o apóiam, em
um esforço, segundo disse esta manhã aos jornalistas, para fazer com
que a crise vivida pelo país “se resolva de forma pacífica”.
Hoje, o senador opositor Carlos Borth, um dos interlocutores para
pactuar a lei eleitoral, afirmou que a sessão do Congresso não será
retomada até que se restabeleça a comissão negociadora, a fim de
fechar definitivamente um acordo sobre o texto.
Evo Morales pediu hoje que sejam estudadas medidas disciplinares
para sancionar, no marco da nova Constituição, os parlamentares que
“abandonam ou fogem” das sessões do Congresso.
A greve de fome empreendida pelo governante para exigir a
aprovação da lei eleitoral está sendo seguida por outras mil pessoas
em todo o país.