Os Estados Unidos perderam uma oportunidade de capturar Osama bin Laden nas montanhas afegãs de Tora Bora em dezembro de 2001, quando o terrorista saudita esteve ao alcance das tropas americanas, conclui de forma categórica um relatório do Senado.
Elaborado a pedido do presidente do comitê de relações exteriores do Senado, o democrata John Kerry, o relatório foi divulgado dias antes do presidente dos EUA, Barack Obama, anunciar na terça-feira sua nova estratégia para o Afeganistão.
Pelo documento, os responsáveis militares americanos decidiram por não perseguir Bin Laden com uma grande operação no final de 2001. Conforme a análise, a fuga de Bin Laden provocou o ressurgimento da insurgência afegã e a desestabilização do Paquistão.
“Ter eliminado o líder da Al Qaeda no campo de batalha há oito anos não teria erradicado a ameaça extremista mundial”, diz uma ponderação no relatório.
“Mas, as decisões que propiciaram sua fuga ao Paquistão permitiram que Bin Laden surgisse como uma figura simbólica que segue atraindo um fluxo constante de dinheiro e inspira a fanáticos de todo o mundo”, indica a análise que está no site do comitê de relações exteriores do Senado.
O estudo conclui que por volta de 16 de dezembro de 2001, Bin Laden e seus seguidores “deixaram Tora Bora sem problemas e desapareceram na região tribal do Paquistão” onde se acredita que “ainda esteja escondido”.
No lugar de fazer um ataque em massa, menos de cem soldados americanos em colaboração com as milícias afegãs, tentaram capturar Bin Laden.