O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu nesta quinta-feira (3) novas normas sobre o embargo contra Cuba que preveem a suspensão das restrições de viagens e envios de remessas de dinheiro.

Segundo as novas regras, os americanos com “familiares próximos” na ilha, como tios e primos de primeiro e segundo graus, poderão visitar Cuba quantas vezes quiserem e ficar o tempo que desejarem.

Esses parentes poderão gastar até US$ 179 por dia e levar consigo US$ 3 mil para entregar aos seus familiares. Cerca de 1,5 milhão de americanos têm família em Cuba.

Os residentes nos EUA também poderão enviar remessas de dinheiro a Cuba sem limites de quantidade ou frequência, embora não para membros do Governo ou do Partido Comunista.

Para facilitar o envio, o Departamento do Tesouro autorizou os bancos americanos a assinar acordos com instituições financeiras cubanas.

Além disso, quem quiser poderá pagar nos EUA pelo serviço de telefonia celular de alguém na ilha por meio de uma empresa americana ou de outro país, mas não de Cuba.

Os serviços de telecomunicação americanos poderão inclusive estender contratos diretamente aos cubanos, segundo as novas normas.

Para estabelecer o vínculo telefônico entre EUA e Cuba, o Departamento do Tesouro autorizou a exportação de tecnologia, como instalações de satélite e cabos de fibra óptica.

Os americanos que realizarem esses trabalhos também poderão viajar à ilha, de acordo com a normativa.

O Departamento do Tesouro também permitiu a visita de pessoas ligadas à exportação de alimentos e remédios a Cuba.

Para o Governo dos EUA, a mudança no estatuto pretende respaldar o desejo dos cubanos “de determinar livremente o futuro de seu país, promover um maior contato entre os familiares e aumentar o fluxo de remessas e informação”.

As medidas aplicadas nesta quinta pelo Governo do presidente americano, Barack Obama, vão além do que foi aprovado pelo Congresso americano no começo do ano, que permitia aos cubano-americanos viajar para a ilha uma vez ao ano e enviar até US$ 1.200 anualmente.

Seu antecessor, George W. Bush, endureceu o embargo contra Cuba em 2004. O ex-presidente limitou as viagens à ilha a uma vez cada três anos e só para os cubano-americanos que ainda tinham pais, irmãos, filhos, avôs ou netos no país.


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EUA aplicam novas normas que relaxam o embargo contra Cuba