Afinal, o Acre existe? Se você questionar algum organizador da candidatura da capital Rio Branco para ser sub-sede da Copa de 2014 vai, enfim, acreditar na existência do estado e, de quebra, vai conhecer todos os argumentos possíveis que para que a cidade seja uma das 12 escolhidas pela FIFA para a realização do mundial no Brasil: o menor estado da Região Norte brasileira ainda acredita na vaga.


 
Um dos primeiros fatores levantados como vantagem para a candidatura acreana pode ser também o seu ponto fraco: localizada na região da Amazônia, onde a CBF já garantiu pelo menos uma das sedes, Rio Branco teme perder a concorrência para as vizinhas Belém e Manaus, mais estruturadas esportivamente e de maior influência no cenário político nacional. Como contra-argumento, além da posição geográfica de fronteira com outros países (Bolívia e Peru), os organizadores da candidatura da capital do Acre apostam justamente na inclusão de uma cidade de pequeno/médio porte na realização da Copa, pois assim, poderia ser considerada a representante de tantas e tantas cidades brasileiras que almejaram este posto sem sucesso.
 
 
Outro motivo para acreditar na escolha de Rio Branco como sede é que a capital já desbancou outras cidades importantes do Brasil, como Teresina, João Pessoa e Campinas, em uma fase anterior a do anúncio das candidatas a sub-sede. E, ao que parece, a vistoria realizada pelos inspetores da FIFA deixou ao menos uma boa impressão, pois a certificação classe “A” conferida pelo Banco Central ao estado, atesta que o Acre tem um ótimo equilíbrio financeiro, o que traz credibilidade à candidatura. Ou seja, pelo menos em teoria, existe dinheiro para as obras e todo ele originado por captação de recursos.
 
 
Vantagens e projetos da candidatura

 
 
Sabedores de que Rio Branco como sede poderia ser questionada por muitas pessoas pela falta de tradição do estado no futebol, os organizadores logo se movimentaram para o início de obras de estruturação da cidade. Antes mesmo do anúncio da FIFA que oficializou o Brasil como país escolhido para a realização do mundial de 2014, os acreanos já iniciavam a construção do estádio Arena da Floresta, para que o quanto antes, ele pudesse estar pronto e atendendo a todos os padrões exigidos pela entidade maior do futebol mundial.
 
 
Além do gramado, que é semelhante ao usado hoje na Europa, e de todas as edificações serem ambientalmente corretas (o que agrada muito a FIFA), o Arena da Floresta está localizado a menos de cinco quilômetros do centro da cidade, o que facilita e muito o acesso de torcedores e turistas. Vale lembrar que todas as instalações exigidas pela FIFA serão construídas no entorno do estádio, entre elas, hotéis, locais apropriados para o comitê organizador, além de novos estacionamentos para milhares de veículos. Estes seriam trunfos da capital do Acre para conseguir desmistificar os problemas de infra-estrutura e acomodações existentes hoje.
 
 
Como cartada final, os organizadores da candidatura de Rio Branco querem aproximar o estádio Arena da Floresta de outras construções européias. O argumento mais convincente seria mostrar que no futebol brasileiro existem estádios com pistas de atletismo e alambrados, que distanciam o torcedor do evento. No nono Arena, não: são apenas 8 metros de distância da partida, fator que a FIFA considera, e muito, por causa das transmissões dos jogos.


 


 


 


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Especial Cidades da Copa: Rio Branco, no Acre, existe sim, e ainda acredita na vaga em 2014

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