O especial VirgulaEsporte sobre as possíveis sedes da Copa de 2014, que será realizada no Brasil e tem marcado para o dia 20 de março o anúncio oficial das escolhidas, apresenta Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e forte concorrente dentre as candidatas do Centro-Oeste. As outras ‘adversárias’ são Goiânia e Cuiabá.
 


Campo Grande não possui a mesma tradição no futebol de grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Seu clube de maior notoriedade no cenário nacional é o modesto Operário, que hoje pleiteia vaga na Série D nacional, e que no distante ano de 1978 conseguiu realizar sua melhor campanha na história ao chegar à terceira fase de um Brasileirão disputado num formato ultrapassado. Qual o motivo, então, para o cidadão campo-grandense defender a candidatura de sua cidade? Para eles, é simples. Muito simples.
 


Se escolhida como sede, e até mesmo antes, desde já, nas vistorias realizadas pelo comitê da FIFA, Campo Grande quer destacar-se por uma verdadeira “Copa Verde”, a “Copa do Pantanal”. Usar e abusar das belezas naturais da região, na tentativa de alavancar o turismo na região, são recursos que ganharam ainda mais força após afirmação do Ministro do Esporte, Orlando Silva, de que “uma das sedes terá de ser na área pantaneira”.
 


Para que isso se concretize, a capital do Mato Grosso do Sul terá de desbancar Cuiabá, que embora em menor proporção, também abriga o Pantanal, e Goiânia, que ainda aposta na força do estádio Serra Dourada para concretizar seu sonho em 2014.


 


Projetos


 


Expressividade no mundo da bola deixada de lado, Campo Grande dispõe de um estádio de tamanho considerável e aceito pela FIFA: o Pedro Pedrossian, popularmente conhecido como estádio “Morenão”, situado dentro das instalações do campus da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, o que lhe dá status de maior arena universitária da América Latina, segundo a Prefeitura local.
 


Embora a capacidade dos estádios seja um dos pontos preocupantes para as candidatas a cidades-sede da Copa no Brasil, o Morenão dispõe de 44 mil lugares, mesmo o número oficial apresentado para 2014. As melhorias que devem ser executadas até lá estariam voltadas a outras medidas, como, modificar o gramado ultrapassado, melhorar as condições de vestiários, cabines de imprensa, camarotes e acessos. Do total de R$ 500 milhões que a iniciativa privada prometeu investir na infra-estrutura, mais da metade será destinada ao Morenão.
 


Obras de um metrô que ligue o Aeroporto Internacional ao estádio e melhorias no transporte urbano; a construção de um estacionamento gigante na área externa do Morenão; expansão da rede hoteleira, além de investimentos consideráveis na área da saúde, também estão na pauta dos responsáveis pela candidatura da cidade. Além, claro, da maciça divulgação no turismo de natureza na cidade.


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Especial Cidades da Copa: para garantir a vaga, Campo Grande aposta na Copa do Pantanal